Coautoria ou orientação? Algumas questões éticas e científicas envolvidas na colaboração acadêmica entre orientadores e orientandos
A relação entre orientador e orientando é, sabidamente, assimétrica, e não apenas do ponto de vista da experiência profissional: em matéria de relações de poder, a margem de manobra de que um(a) jovem pesquisador(a) dispõe para dizer “não” a um(a) orientador(a) é, o mais das vezes, pequena, por vári...
Ausführliche Beschreibung
Autor*in: |
Marcelo Lopes de Souza [verfasserIn] Rafael Luiz Leite Lessa Chaves [verfasserIn] Thiago Roniere Rebouças Tavares [verfasserIn] Thiago Wentzel de Melo Vieira [verfasserIn] |
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A relação entre orientador e orientando é, sabidamente, assimétrica, e não apenas do ponto de vista da experiência profissional: em matéria de relações de poder, a margem de manobra de que um(a) jovem pesquisador(a) dispõe para dizer “não” a um(a) orientador(a) é, o mais das vezes, pequena, por várias razões. Isso gera uma fragilidade da qual o(a) pesquisador(a) mais velho(a) (e influente) não deveria, em hipótese alguma, se aproveitar. No entanto, a cada vez mais disseminada conversão de orientadores em “coautores natos” dos artigos que seus orientandos submetem a congressos ou periódicos suscita várias questões a propósito da consistência ética dos comportamentos profissionais em nossos ambientes acadêmicos. Longe, porém, de pretendermos conduzir a discussão em termos moralistas, tencionamos salientar o contexto geral do produtivismo acadêmico que vem engendrando um padrão comportamental crescentemente marcado, por parte de orientadores, por uma questionável apropriação de uma parcela da responsabilidade autoral, enquanto que, no que se refere aos orientandos, não raro se nota uma dimensão de “servidão voluntária” que leva à naturalização de determinadas práticas, com isso dificultando grandemente o seu tratamento crítico. Por trás do próprio produtivismo, contudo, há ainda algo mais profundo, de caráter estrutural: as dinâmicas do capitalismo contemporâneo, e em particular as características do neoliberalismo e seus efeitos sobre as instituições de produção de conhecimento científico. |
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A relação entre orientador e orientando é, sabidamente, assimétrica, e não apenas do ponto de vista da experiência profissional: em matéria de relações de poder, a margem de manobra de que um(a) jovem pesquisador(a) dispõe para dizer “não” a um(a) orientador(a) é, o mais das vezes, pequena, por várias razões. Isso gera uma fragilidade da qual o(a) pesquisador(a) mais velho(a) (e influente) não deveria, em hipótese alguma, se aproveitar. No entanto, a cada vez mais disseminada conversão de orientadores em “coautores natos” dos artigos que seus orientandos submetem a congressos ou periódicos suscita várias questões a propósito da consistência ética dos comportamentos profissionais em nossos ambientes acadêmicos. Longe, porém, de pretendermos conduzir a discussão em termos moralistas, tencionamos salientar o contexto geral do produtivismo acadêmico que vem engendrando um padrão comportamental crescentemente marcado, por parte de orientadores, por uma questionável apropriação de uma parcela da responsabilidade autoral, enquanto que, no que se refere aos orientandos, não raro se nota uma dimensão de “servidão voluntária” que leva à naturalização de determinadas práticas, com isso dificultando grandemente o seu tratamento crítico. Por trás do próprio produtivismo, contudo, há ainda algo mais profundo, de caráter estrutural: as dinâmicas do capitalismo contemporâneo, e em particular as características do neoliberalismo e seus efeitos sobre as instituições de produção de conhecimento científico. |
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A relação entre orientador e orientando é, sabidamente, assimétrica, e não apenas do ponto de vista da experiência profissional: em matéria de relações de poder, a margem de manobra de que um(a) jovem pesquisador(a) dispõe para dizer “não” a um(a) orientador(a) é, o mais das vezes, pequena, por várias razões. Isso gera uma fragilidade da qual o(a) pesquisador(a) mais velho(a) (e influente) não deveria, em hipótese alguma, se aproveitar. No entanto, a cada vez mais disseminada conversão de orientadores em “coautores natos” dos artigos que seus orientandos submetem a congressos ou periódicos suscita várias questões a propósito da consistência ética dos comportamentos profissionais em nossos ambientes acadêmicos. Longe, porém, de pretendermos conduzir a discussão em termos moralistas, tencionamos salientar o contexto geral do produtivismo acadêmico que vem engendrando um padrão comportamental crescentemente marcado, por parte de orientadores, por uma questionável apropriação de uma parcela da responsabilidade autoral, enquanto que, no que se refere aos orientandos, não raro se nota uma dimensão de “servidão voluntária” que leva à naturalização de determinadas práticas, com isso dificultando grandemente o seu tratamento crítico. Por trás do próprio produtivismo, contudo, há ainda algo mais profundo, de caráter estrutural: as dinâmicas do capitalismo contemporâneo, e em particular as características do neoliberalismo e seus efeitos sobre as instituições de produção de conhecimento científico. |
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